Busco por meus medos,
por bosques e arvoredos
sentido para minha viagem.
Que farei a seguir?
Só me apetece partir
para meu sonho de miragem.
Será efémero o que quero?
Como serei eu certo de incertezas?
Sei que meu próprio mundo impero,
e poderei queimá-lo como Nero.
Pobres ideias solitárias e indefesas.
E se tenho alguma,
só tenho esta certeza:
Prefiro ser sonhador vagabundo
que ser miserável com riqueza,
que riqueza não tem nenhuma…
André Santos 12/04/2010
Abri o teu blog e logo me senti em casa; primeiro, porque até à bem pouco tempo foi também este o meu fundo, esta casinha antiga com cheiro de arte pura. E depois, porque me arrisco a dizer (e que grande risco, entender poetas) que consigo perceber e identificar-me com a ideia que aqui deixas, neste poema.
ResponderEliminarNenhumas são as certezas que podemos ter, principalmente se nos sentimos perdidos e quanto mais procuramos um rumo, mais desejamos parar a busca, de tão cansativa; só nos resta a certeza do que possuímos, mesmo que isso não seja nada. Sonhar, isso, ninguém nos pode negar.
Desculpa o testamento, está fantástico, continua.
Mais um texto bem estruturado...tens imenso jeito..continua...
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