Passam onze minutos das cinco da manhã e encontro-me exactamente no mesmo lugar à umas horas, acorrentado pelo tédio macabro desta noite de verão. Sinto-me cansado mas não me apetece dormir apesar de ter de o fazer, pelo menos se quiser acordar a horas "convenientes" amanhã: Nunca gostei de acordar muito tarde mas por outro lado, gosto demasiado de dormir, pois durante o sono todos os desejos e emoções refundidos dispertam e correm sem ordem no meu inconsciente. Já à tempos que vou vendo se escrevo de novo em poesia, essa vida paralela, mas o descanso mental desactivou algumas conexões importantes para a minha actividade cerebral.
Conversa fiada e não sei se chego a algum lado nem sei se o tenciono fazer... ultimamente tenho-me sentido demasiado "banal" neste mundo, o que me deixa um pouco vazio... diria triste. Mas continuarei a seguir o que sonho e acredito, só assim me sentirei menos "banal", ou seja "especial" no sentido de marcar o próximo positivamente.
Se há conselho que gosto de dar, é que sigam os vossos sonhos acima de tudo... se se acharem demasiado "banais" (o que concerteza não são), tentem ao menos ser especiais para as pessoas que têm perto de vocês... a essas sim, devem a vossa "especialidade".
Bem, chega de conversa que se faz tarde.
Depois disto, amanhã concerteza me sentirei mais "especial" :)
Passam 23 minutos da hora que deveria ser a certa para me deitar. Porém, estou como tu enquanto escrevias este texto. Sem sono mas com o dever de acordar a horas certas, mas esse sono que embora vá ser curto vai ser completamente saciado, porque nos meus sonhos consigo fazer tudo para além do imaginável. Consigo voar daqui, consigo doar os meus sorrisos embora não os tenha (muito) nesta vida que levo. Canso-me de queixar interiormente da minha banalidade, porém somos todos mais do que aparentamos. Tento examinar-me um pouco todos os dias, em que já não levo uma vida tão agitada devido às horas extensas de trabalho e de cansaço. Vou no segundo dia de férias e não me sinto como gostaria de me sentir. O sono bem que tenta chegar, e a escrita bem que tenta ser mais do que eu para me alegrar o espírito no fim da mesma. Contudo, os dias parecem passar devagar ou depressa demais, o desejo de ser 'especial' também me ataca em demasiadas horas de olhos abertos. Fico-me no mesmo espaço durante horas e horas a fio, em que o meu corpo se adormece nessa mesma dormência das minhas palavras. Já não sei soletrar, nem agir bem, ou reagir bem. Só sei ler e comentar, só sei alegrar-me das belas palavras dos outros. Mas hoje, revi-me em ti, após tanto tempo em que já não te lia. Após tanto tempo de não ver ninguém sentir o mesmo. Sempre disse que a solidão não me iria assustar, sempre me convenci literalmente que a minha banalidade se afastava de mim dentro das minhas palavras e dos meus sonhos. Evidenciei que afinal, esse 'especial' que tento encontrar sem procuras certas existe fora do meu imaginário procurado. Como poderás 'tu' pensar que és banal? Se o és, apreciava sê-lo como tu. Com o mesmo jeito ou dom, ou especialidade que trazes dentro de ti. Embora a tua prosa seja outra, consigo até ver poesia dentro destes olhos. Porque teus olhos verdadeiros nunca os vi, mas por aqui vejo(-te) sim. Cada palavra tua é um gesto compreensivo e atento da minha parte. Cada parágrafo analiso como um suspiro dilatado. Cada silêncio de sílaba declaro como sendo os teus olhos baços e cansados da monotonia da vida que se leva. Embora as palavras corram, a tua tinta não pára de correr, é como o teu sangue a correr no teu corpo. É como o pestanejar dos teus olhos. Revelas ser alguém especial sim. A poesia, essa, está connosco. Bem patente na palma da nossa mão, porém por vezes esconde-se e a prosa surge primeiro nas veias da nossa inspiração. Continuamos na mesma arte de escrever e de talvez nos surpreendermos a nós próprios e isso... nem sempre parece dar certo. Os dias correm como não esperávamos em certas altura, mas, após um regresso a casa, viajamos por entre o mundo dos outros... Outros que hoje és tu, nestas 02h34 deste dia em que o meu sono devia estar deitado e sobre as nuvens da minha cabeça.
ResponderEliminarA minha sorte, é que tenho uma imaginação vasta demais... o que permiti viajar muito enquanto durmo, fazendo com que ao acordar, me pareça que tenha ido numa viagem astral ou até mesmo física que me tenha levado aos maiores encantos do universo. Posso não ser tão especial quanto desejaria hoje, mas pelo menos, te garanto que tu hoje és especial. Nesta noite, a esta hora, neste meu não-sono, posso tornar-te especial pelo facto de me teres feito ler, imaginar, contentar e escrever. Porque sim, no fundo tudo isso nos pode tornar belos por dentro e tranquilos por fora.
Não és banal não. Mas não precisas de te convencer por mim, basta ires crendo nos teus dias que passam à velocidade permitida e elegida por quem ninguém sabe ou tem a certeza e simplesmente escrever novamente num dia em que se ache que vale a pena, com ou sem atitude, com ou sem cansaço ou com ou sem alegria.
Espero voltar aqui mais vezes. Desculpa o enorme texto... Mas é como se estivesse a escrever no meu blogue, e por isso, talvez o coloque no meu, para te mostrar que hoje 'não somos banais', mas sim especiais :)
Obrigado , e desculpa qualquer coisa*
Não peças desculpa por te tornares mais extenso. Agradeço-te imenso casa elogio que me fizeste, fico-te muito grata. Fico bastante contente e acredita que hoje, sem esperar , terei uma noite descansada e bem melhor (:
ResponderEliminarContinuarei sempre aqui, nas tuas leituras para não te deixar sentir cansado nem banal*
Beijinho!
(e já agora, não estava à espera que me fosses comentar ainda a esta hora :o)
Fiquei duplamente surpreendida ! :D
(desculpa-me incomodar-te novamente, até porque isto não é habitual da minha parte , mas queria pedir-te o teu e-mail, para que, um dia talvez, possamos falar :) )
ResponderEliminar- resto de boa noite , beijinho*
Simples será quando as palavras estiverem mortas, sem sentido, sem significado, sem expressão e sentimento. E isso, é algo que não possuis.
ResponderEliminarah e sim, espero pelo momento desse texto, que eu cá estou curiosa e de certa modo, ansiosa até!
:D
Beijo