terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Poesia

Poesia... tentar descrevê-la é bastante dificil. Tentei então descrever a maneira que ela me atinge. Para mim, todos temos "poesia" dentro de nós... apenas exteriorizamos de maneiras diferentes.


Desde pequeno a vejo,
de inicio, bem funda em meu ser.
Acorda mais tarde, com desejo
de me abraçar, e eu deixo,
abraçando-a também… sem querer.

Buscando versos e linhas,
me aventuro por visões vizinhas,
observando atentamente atitudes.
Procurando entender o que não entendo,
e compreender… compreendendo
compreensões triviais e vicissitudes.

E a poesia está em todos,
exprimindo-se de diversos modos,
acordando de repente…
Poesia, frágil borboleta de primavera,
voa… voa para longe desta terra…
onde só te escreve, quem te sente.


André Santos

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Inspiração

Este poema é curioso: escrevi-o numa aula, onde supostamente pensava no quão importante é a inspiração no mundo dos artistas. Tentei descrevê-la da seguinte maneira:


Estímulo sensível e efémero
pelo qual ansioso espero,
notando tons e pormenores
que me faz perecer para o mundo
e ressuscitar no papel, algo profundo,
mais que simples vivências ou amores.

Sangue, dor, suor…
Tudo o que vejo, sei de cor,
para o descrever como vi.
Mas nada é absoluto, nada é verdadeiro
completamente… tenho o pensar solteiro
à espera que ela chegue para mim.

Por isso, faz o que sempre fazes,
traz o que sempre me trazes,
para que me esconda na solidão.
Então fico à espera que tu chegues
para que me chames e me leves,
minha débil e dócil inspiração.


André Santos

domingo, 20 de dezembro de 2009

A Máscara

De manhã, à pressa a visto,
eufórica, enérgica e efusiva.
É esse sentimento misto,
que quando a coloco conquisto
e me abstraio do que me motiva.

Confuso desde o berço
que ainda hoje me aconchega.
Mas é substituído por um adereço
que não se vê mas está impresso
nas nossas vidas, aquela camuflagem cega

Que me esconde do meu redor,
e mesmo que eu queira, ela não sai!
Até que novamente regresso ao calor
do meu lar, voltando também a dor.
Aí sem esforço, a máscara cai.


André Santos


Como referi na mensagem anterior, regularmente irei publicando as minhas obras (não primas) neste espaço, as minhas reflexões e teorias sobre assuntos vários, neste caso, a capacidade das pessoas de se camuflar. Quando redijo os meus poemas nunca escrevo só pelo o que sinto mas também pelo o que vejo. Por vezes as máscaras são necessárias, até por protecção. Mas por vezes são aquilo que toda a gente sabe: Escondem faces vazias, sinicas, mostrando alegria e simpatia demasiada.
Para finalizar gostaria que depois passassem num destes blogs: http://fermelesyeuxetimaginetoi.blogspot.com e http://lit-zine.blogspot.com que pertencem a amigos e colegas meus, nos quais também já contribuí. Mais um incentivo à literatura portuguesa.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Olha o Mundo

Bem, este é o primeiro de muitos poemas que actualizarei sempre que puder neste blog. Apenas reflexões e teorias sobre certos assuntos sociais e pessoais. Não serei o unico a escrever neste espaço, tentarei utilizá-lo também para mostrar textos de amigos e colegas.
Aqui está um poema, feito às 5 da manhã, tal como o blog:



Olho o mundo e vejo tudo.
Busco em tudo, o mundo.
Tenho em mim barreiras e escudos,
e em verdades ilusórias não me iludo,
contabilizando momentos pelos segundos.

Olho, vejo dois olhares apaixonados,
crentes na religião mais bela.
Pois nesta não há guerras nem Cruzados,
apenas presentes sinceramente embrulhados:
umas simples palavras para ela.

Simples acções, simples palavras
originam lágrimas ou sorrisos.
Olha o mundo, podes ver fadas,
ou quaisqueres outras criaturas aladas,
desde que sejas tu mesmo a fazer isso.


André Santos