segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Futuro

Como é belo este verde,
verde verdade do jardim,
pena que o mundo se perde
tanto que já não vê verde assim.

Multi-cores do banco,
banco que é rijo assento,
tem esse hipnótico encanto,
qual sereia com o seu canto,
que nos leva para o afogamento.

Este limite, esta jaula,
barreira primeira do imaginário,
quebro-a e esbarro com a sociedade.

E lá vou triste para mais uma aula,
daquelas que inibem o sentido primário,
que acha que partilhada está a verdade.
Essa tal criança é expulsa da sala,
até entender que só será proprietário
se engolir capital e rasteirar fidelidade.
E no fim, naquele silêncio que ninguém cala,
tudo o que temos na mão desaparece,
fica só aquilo que é realmente necessário:
A réstia de uma vida que ninguém esquece,
paz acompanha o espírito com os sorrisos vários,
e para onde vai não sei... mas o futuro agradece.

Escrito por mim, André Pereira dos Santos,no dia 18 de Agosto de 2014