Talvez seja o poema mais longo que escrevi... feito para um trabalho de Português, senti uma grande vontade de escrever sobre o tema e eis o resultado:
Pátria… palavra fera
pela qual foram travadas guerras,
sem razão, sem sentimento.
A minha pátria está na terra,
e reparo que esta, em desespero berra,
à espera de paz e entendimento.
Este solo, manchado de sangue e dores,
coberto de ódios que consomem flores,
vive velho, cansado, apodrecido.
Vive sem esperança, profano,
pois reparou que o próprio ser humano
espezinhou-o, deixando-o desolado, destruído…
Pátria é a minha língua, mas não o meu país.
Não consigo perdoar males feitos desde a sua raiz.
Eu sei que nem Deus o pediu,
para que Cruzados matassem em seu nome,
trazendo horror ao inocente que dorme,
pois queria dormir em paz… e conseguiu.
Pessoa tentou e eu sigo-o no seu objectivo.
Levar a nossa pátria a ser algo mais…
Mas hoje em dia dominam programas televisivos,
banais, triviais e dolorosamente corrosivos,
sem originalidade, todos iguais…
Mas de mim, ao menos estou satisfeito.
Nunca me desiludirei comigo, é uma certeza.
Pessoa… descansa, porque tu foste o eleito.
Onde quer que vá, seja qual for o destino, eu aceito,
pois levarei sempre comigo a Língua Portuguesa.
André Santos
Surpreendente? Não chega!
ResponderEliminarSe foi um mero texto que escreveste para uma aula, poderia até ser de 1001 paginas, mas eu leria-o até ao fim do seu começo.
Até porque o prazer que se manifesta ao começar , é o mesmo prazer que suscito quando acabo e sinto vontade de ler sem parar!
A sério, tu tens talento rapaz! (:
Maravilhoso!
Admiro mesmo essa capacidade inata que tens para as palavras... para a poesia. Esse talento em bruto de transformar um tema que a tantos dá voltas à cabeça (como a mim :S) num grande poema como este! Bravobravobravo!!!
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