Era manhã e já veio tarde
mas a madrugada avisou,
que aquele corpo que arde
até o chão carbonizou.
Estou fodido e com razão...
Apenas não sei essa razão.
Sinto injustiça na pulsação,
um ardor que segue o coração...
Custa respirar...
Já o sinto em cada veia.
Cada criar...
Alivia sempre quem receia.
Mas não me sinto aliviado,
nem poema nem escrita me aliviou...
Continuo taciturno e malfadado.
Eu sou o tal, o corpo carbonizado,
que nem a própria cinza restou.
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