Pestanas que se juntam,
pálpebras que mergulham
sobre olhos que se cansam
mas não fecham, pois quando avançam
são ressuscitados com agulhas.
Sei que não devo a esta hora,
mas tal coisa não escolhe tempo.
Quem manda querer ver aurora,
e resistir a ela que me devora
pouco a pouco... lentamente.
E por mais que sol veja,
ele já me conhece, sabe que sou assim...
Apaixonado pela lua, que me beija,
faz com que a Sonolência, com inveja,
me assole na manhã incandescente sem fim.
André Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário