Areias-me os pés,
movediça, te alimentas
dos meus sonhos e descrenças...
Queres-me a mim, invés
de tudo o que poderei ser
sem a tua maldita presença...
E, como essa tua influência
me deixa desequilibradamente enfadado,
com o prazer de nada ter de fazer...
Como me deixo levar por essa essência,
que nunca é essencial para o afortunado,
que tem a celestial sorte de não te ter...
Mas... que posso fazer?
Se essas presas são inquebráveis,
contra a força dos mortais.
Resposta minha é crescer...
Tornar os meus membros maleáveis,
tornar-te o comum dos banais.
André Ortega
08/07/2011
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