Areias-me os pés,
movediça, te alimentas
dos meus sonhos e descrenças...
Queres-me a mim, invés
de tudo o que poderei ser
sem a tua maldita presença...
E, como essa tua influência
me deixa desequilibradamente enfadado,
com o prazer de nada ter de fazer...
Como me deixo levar por essa essência,
que nunca é essencial para o afortunado,
que tem a celestial sorte de não te ter...
Mas... que posso fazer?
Se essas presas são inquebráveis,
contra a força dos mortais.
Resposta minha é crescer...
Tornar os meus membros maleáveis,
tornar-te o comum dos banais.
André Ortega
08/07/2011
Pensa... para quê teres olhos e visão? Se constantemente vês com olhares alheios. Vê o mundo com os teus olhos, como tu o queres ver. Se o vires como os outros já não és tu que o vês...
quarta-feira, 13 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Calabouço
Porque vejo o que não quero?
Porque me deixo consumir?
Quero desvendar o que é mistério,
quero num nevoeiro me diluir.
Quero ser procurado,
e sentir o prazer de não ser achado,
como um enigma se deve sentir
por nunca ser solucionado.
Quero ser um fantasma
mas quero que de mim se lembrem.
O meu corpo continuará no calabouço,
preso às correntes que eu próprio criei.
André Ortega
01/07/2011
Porque me deixo consumir?
Quero desvendar o que é mistério,
quero num nevoeiro me diluir.
Quero ser procurado,
e sentir o prazer de não ser achado,
como um enigma se deve sentir
por nunca ser solucionado.
Quero ser um fantasma
mas quero que de mim se lembrem.
O meu corpo continuará no calabouço,
preso às correntes que eu próprio criei.
André Ortega
01/07/2011
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