É sufocante a pressão do tempo,
o passar das horas mais inúteis,
o passo largo do momento,
e ao pensar na falta de alento,
passa, irreversível, como nuvens.
Tem calma coração,
que palpitas com a exclusiva razão
de palpitar…
Tem calma, minha respiração,
que condenas a minha circulação,
que nada mais faz que circular.
E prende-se todos os males no meu peito,
toda a dor, no meu ser sem jeito,
no meu sangue que bombeia inocente.
Bomba-relógio, e sempre a contar,
sem qualquer decência de me informar
a hora mais provável que arrebente…
Tão pior que tudo era,
se o soubéssemos de antemão!
Só o caos e a confusão
que tal notícia gera
faz-me pensar numa triagem:
Todo o hoje é o que ontem era,
e o presente que num futuro opera
por momentos… tudo o resto é paisagem.
Escrito por mim, André Pereira dos Santos, no dia 2 de Fevereiro de 2014
Tão bom saber que continuas a escrever poemas, André!
ResponderEliminarBeijinhos :)