Dez mil maneiras para se ser feliz,
dez mil a mais para gerar rancor.
Dez mil questões de aprendiz,
respondidas pelo mestre, que diz,
vai em frente, seja o caminho que for.
Dez mil razões para nadar no suor
de trabalho e desejo de vida eterna.
Mais dez mil de ansiedade a se opor,
no meio da minha máquina a vapor
de expectativa e agonia interna.
Dez mil poemas, dez mil maneiras
que soam tal e qual como as primeiras,
teorias e teoremas, tudo num só.
Dez mil vidas de retornos e idas,
e mais todas aquelas que foram lidas.
A alma nunca nos deixa virar pó.
Escrito por mim, André Pereira dos Santos, no dia 5 de Março de 2014